quinta-feira, 4 de setembro de 2014

AMOR

Já escrevi muitas vezes sobre o amor. Confesso que é um dos assuntos que mais me inspira pelo tom analítico que traz. Acho que penso nele desde que nasci, mas isso foi ficando exacerbado com a chegada dos conhecimentos, das experiências, da maturidade física, espiritual e mental, o que não impede de cometer umas loucurinhas, uma vez ou outra, quando menos se espera e sem (quase) ninguém perceber. Bom, foram muitas as vezes que toquei no tema. Um assunto repetitivo, por minha parte. Se a escuridão é a ausência de luz e o frio é a ausência de calor, não existindo de maneira própria (a Física explica...), o ódio, então, é a ausência de amor. Por qual razão magoar-se, deixar-se levar pelo fundo de poço da raiva, da vontade de fazer o outro sumir (seja lá como for!), se preocupar com o que a "sociedade pensa" e nutrir um desejo imenso de frustração, decepção, até mesmo cometer um genocídio? O amor nos é ensinado desde o primeiro milésimo de segundo de nossas vidas. Aliás, somos frutos dele, seja os de uma hora, um dia, um mês ou uma vida toda. Não pedimos para nascer. Nossas mães nos sustentam com todo o cuidado em seu ventre (a minha sofreu comigo! Teve pedras na vesícula durante a gestação. Bem ousado, fui lá e mexi nelas.  ). Somos aguardados, esperados como reis e rainhas, festejados com nossa chegada, respeitados, amados de todas as formas. Somos mais cobertos de amor do que o agasalho mais quente que possa nos ajudar no mais potente inverno. Somos ensinados a amar, auxiliar o próximo, independente de tudo. Infelizmente, na maioria das vezes, esse negócio chamado ''amor'' é apenas um simpático discurso. Amar não é pagar as contas, dar dinheiro, comida, casa, roupa. Amar é estar junto quando ninguém quer estar. Amar é acreditar que há recuperação, por maior que seja a ''cachorrice'' feita. Amar de verdade não é fácil. É um sacrifício. Prazeroso ou doído, certo ou errado, bem ou mal, é um sacrifício. Uma pena que muita gente perde esses valores no meio dos seus caminhos. Não amam ou amam erradamente. Mais do que ''amam'': idolatram a si e ao material, odiando quem pensa o contrário. Odeiam por pouco, quase nada, mas odeiam para serem "diferentes", terem "personalidade forte", "gênio difícil", para serem ''diferentes''. Até são, mas poderiam ter ideias e sentimentos bem melhores.. Não me canso de investir e falar no assunto. É gratificante conhecer gente que levante a mesma bandeira, mas chateia pensar que há tanta gente prezando pelo mal e eu só desejando o bem maior que se pode adquirir e repassar neste plano: o amor.