sábado, 24 de setembro de 2011

SIMPLICIDADE. PONTO FINAL.

O texto que eu vou apresentar na sequência é um dos mais bem elaborados que já vi na minha vida. Ele é de uma moça que daqui há pouco tempo vão ouvir falar, e muito. Ela se chama Rúbia Keller Vieira, tem 20 anos, e está no 4º semestre de Comunicação Social - Jornalismo na UNIFRA. Uma ótima estudante, com grande potencial, com consciência, seriedade, competência, além de ser uma moça muito agradável de manter contato e belo rosto. Será uma jornalista renomada e tenho orgulho de manter contato com ela.

Olhe. Pense. Reflita. Já!
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Um simples nostálgico

Na última sexta-feira, entre uma conversa e outra na aula de antropologia e cosmovisão franciscana onde discorria sobre alienação e ideologias, ouvi um comentário de algo que provavelmente falei...

- Ih, mas foi pra onde termina o mundo...

O dito, referente à minha ida pra Alegrete, falou mais do que qualquer texto que eu poderia ter lido e sustentou meus argumentos de forma impírica e humana, mais do que qualquer trecho de livro...

Lá, onde termina o mundo, encontramos pessoas ao final da tarde sentadas em frente às casas, numa prosa buena com o vizinho do lado, com o vizinho do vizinho... Conhecemos e convivemos com GENTE, e não damos bom-dia pelo facebook...

Lá, no fim do mundo, a única coisa que corre é o vento minuano, o resto anda conforme deve. E ninguém tem pressa... Reclamamos do vento norte, não do furacão que é o dia-a-dia...

Lá, onde o mundo acaba os cobradores existem, e cobram diariamente notícias. Querem saber da tua vida, de como anda, de que ajuda precisa... E a política da xícara de açúcar ainda existe. Não passamos despercebidos, passamos por alguém que somos... IMPORTANTES, e não cobramos somente pontualidade, favores e mensalidades...

Lá, onde acaba o mundo, nossas mãos religiosamente contornam cuias de chimarrão nas confraternizações semanais que a praça central hospeda. Mate este que mantém viva sua função acolhedora e fraternal. A bomba que carregamos em punho serve para sorver esta essência, e não nos tira a sobriedade e a razão...

Lá onde o mundo se encerra, preferimos o bolicho humilde da esquina ao supermercado de requinte... Isso porque as risadas e as conversas se sobressaem ao pão dormido que muitas vezes levamos embora. As sacoleiras ainda resistem ao tempo, e não necessitamos exibir dezoito sacolas de lojas caríssimas... Ainda conseguimos rir quando descobrimos que a botique refinada usa a mesma costureira que cose mal e mal nossas roupas... E que o tecido é o mesmo que cheirava a mofo no baú da casa...

Cuidamos das plantas, preferimos as cartas, marcamos lugares, e também pessoas... Buzinamos para mexer com conhecidos, visitamos a qualquer hora do dia, andamos de fuscão 80 e tantos e fazemos os outros rirem... Por engraçado, não por zombaria... Visamos campo aberto, nascer e pôr do sol, comtemplado por pássaros que ainda entoam melodias únicas, num espaço também singular... Arrodeamos sempre os mesmos lugares, e sentimos falta se longe, ao invés de enjoar...

Alegrete não tem hospital com heliporto, mas também, poucos precisam. Alegrete não tem Royal com cinema, mas tem uma tevê para quinze amigos... E se aqui tem o que o futuro exige, Alegrete tem o primordial que o futuro necessita: qualidade de vida.

O fim do mundo é como o mundo deveria ter fim...

Rúbia Keller Vieira
Acadêmica de jornalismo
Unifra - Santa Maria

Dando um jeito no jeitinho

Por definição o "jeitinho brasileiro",é uma expressão de fácil entendimento, a malandragem histórica do nosso povo. Malandragem com a qual temos contato desde pequenos e ouvimos constantemente nos meios de comunicação e indiretamente presenciamos nos atos das pessoas. No entanto, a idéia do malandro está associada à esperteza, como se houvesse algo de esperto em dizer "odeio político ladrão, mas se estivesse no poder, também roubaria". O cidadão heroicamente afirma que tem orgulho de ser brasileiro e por isso naturalmente faz uso do jeitinho, mas não percebe que esta "marca nacional" é uma das impulsoras do nosso declínio.
Esses últimos anos foram marcados por corrupção explicita. A dúvida que fica é se vamos ficar parados ou vamos tomar alguma atitude. De fato a currupção não vai acabar ela é inerente ao povo. No mundo, há muitos outros povos que também seguem a mesma linha de conduta individualista que seguimos, todavia, há lugares onde isso é minimizado. Por quais motivos? Talvez porque as leis, a justiça sejam mais eficientes, assim como uma boa consciência coletiva.
É difícil definir porque o jeitinho brasileiro é um fantasma abstrato que nôs rodeia mas traz problemas bem concretos. A diferença entre "jeitinho brasileiro" e o "jeitinho internacional" é que agregamos essa malandragem caracteristica da cultura do Brasil assumindo uma postura diferente e orgulhosa de detonar as pessoas e acabamos prejudicando a nós mesmos. Considerar que só porque diversos políticos roubam ser uma explicação razoável mesmo em coisas menores, é mergulhar de cabeça em um círculo vicioso no qual ninguém quer interfirir, todos querem participar e muitos sofrem com isso.
Ter orgulho do "jeitinho" é sem mais, aceitar a situação presente que adoramos críticar. Sei que roubar milhões é diferente de subornar um policial, mas ambas as situações estão no mesmo patamar ético, partiram de uma ação extremamente egoísta.
A pessoa sabe que o que está fazendo é moralmente incorreto mas perdoa a si mesmo porque também sabe que estará em vantagem. Assim qualquer transgressão é justificada e a pessoa vai vivendo seguindo a Lei de Gerson "o importate é obter vantagem em tudo."

Que Pais É Esse?
Capital Inicial

Nas favelas e no senado
Sujeira prá todo lado
Ninguém respeita
A constituição
Mas todos acreditam
No futuro da nação...

Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

Na Amazônia
E no Araguaia
e na baixada fluminense
No Mato grosso
Minas Gerais
E no Nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso
Mas o sangue anda solto
Manchando os papeis
Documentos fiéis
Ao descanso do patrão...

Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

Terceiro mundo se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
e vamos faturar um milhão
Quando vendemos todas as almas
Dos nossos índios um leilão...

sábado, 17 de setembro de 2011

DICAS MUSICAIS

PET SHOP BOYS - It's A Sin




MEU AMOR SE MUDOU PRA LUA - Paula Toller




DON'T STOP ME NOW - Queen




WHITE KNUCKLE RIDE - Jamiroquai




TOTAL ECLIPSE OF THE HEART - Bonnie Tyler




VOCÊ NÃO ME ENSINOU A TE ESQUECER - Caetano Veloso




NEED YOU NOW - Lady Antebellum




BEAUTIFUL GIRL - INXS




PRA VOCÊ GUARDEI O AMOR - Nando Reis e Ana Cañas

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Frase do dia:

A beleza chama atenção. O que tem por dentro, conquista. AD